" Estou sentanda numa cadeira, contorcendo-me em agonia.
Um pequeno demônio está me afinetando, bagunçando a minha cabeça.
- Abraxas - ele diz - Eu sou Abraxas, o demônio das mentiras e das decepções! Então, o que queres saber a respeito das mentiras, minha querida?
- Eu não sou mentirosa! - Eu tento me levantar denovo, e agora, eu me sinto esfolada, exposta. Me percebo gritando!
- Eu te digo sobre mentiras. Há mentiras brancas e mentiras negras. E muitos tons de mentiras cinzas. Mas algumas mentiras são justificáveis. Mentiras ditas por bondade, mentiras para preservar a dignidade, mentiras que simplificam a dor. Todos são mentirosos, querida! Olha aquilo acontecendo! Ela está prestes a contar para o amante algo claramente falso! Olha os seus gestos! Olha como se tocam intimamente! Como evitam seus olhares e cobrem suas bocas! Eles lambem os dentes e seguram seus queixos! Embelezam suas histórias com detalhes a mais!
Então, continuei sentada esperando que ele fosse embora. E me deixasse acreditar nas minhas próprias mentiras como se elas fossem a mais pura verdade! "
quinta-feira, 21 de maio de 2009
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