Todos os dias ela ia a janela, pelo menos três vezes por dia.
Acendia um cigarro, uma xícara de café, e olhava para o mesmo galho da árvore que ficava perto da sua janela.
Era sempre o mesmo galho: seco, sem nenhuma folhagem, o único sem nenhuma folhagem.
Enquanto ela via todos os outros, ao longo de tanto tempo, com suas folhas crescendo e novos galhos verdes, aquele permanecia seco, sem nenhuma folhagem nova.
Ela se perguntava sempre, porque tinha que ser assim. Por que esse galho tinha que esperar mais tempo que os outros, se o sistema em si estava funcionando?
Essa, às vezes, era a pergunta que fazia a si mesma.. Por que ela tinha que esperar tanto tempo?
Mas, assim como o galho, que estava preso na árvore, esperando por folhas novas, estava ela, presa a uma lembraça que nunca existiu, e que ela tinha que esperar chegar.
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
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